Em artigo, Roberto Campos de Lima, Sócio-Consultor da 3GEN Gestão Estratégica, aborda os fatores mais críticos para a execução da estratégia.
Muito já se escreveu sobre a complexidade na determinação da estratégia correta e da definição das prioridades de longo prazo nas organizações, especialmente quando estamos tratando da definição do correto posicionamento. No entanto, é na execução da estratégia que a liderança da organização encontrará sua tarefa mais árdua.
A execução é um processo mais complexo, principalmente porque depende do envolvimento das pessoas em todos os níveis organizacionais. É claro que um modelo de gestão que permita a avaliação e o aprendizado estratégico pode trazer grandes benefícios à implementação, mas não é o suficiente. É preciso ter um líder que patrocine a estratégia e uma equipe executiva engajada e alinhada às prioridades para que a execução não falhe.
Por mais competente que o líder seja, ele deve entender que a execução da estratégia não é tarefa de um homem só. Peter Drucker sentenciou, de forma brilhante, que o papel do líder é assegurar que as pessoas façam as coisas certas. O ponto aqui é que, para transformar a estratégia em resultados tangíveis, é preciso que o líder escolha e impulsione as pessoas certas.
Quais são, portanto, os fatores críticos para que a organização tenha as pessoas adequadas, nas posições corretas, fazendo as coisas certas em prol da execução da estratégia?
Equipe executiva com as pessoas certas
O primeiro grande desafio é a formação de uma equipe executiva robusta. A organização precisa buscar, no mercado ou internamente, pessoas que tenham o perfil adequado à estratégia. A experiência de um executivo não é o suficiente para assegurar a sua aderência.
O líder deve buscar profissionais que tenham as características comportamentais adequadas à velocidade e intensidade de transformação que a estratégia exige, compondo um time executivo que se complemente e que tenha um propósito comum.
Executivos exercendo as funções corretas
É preciso posicionar os executivos de modo que consigam fazer o melhor uso de suas potencialidades. A questão aqui está na delegação das iniciativas estratégicas de acordo com o perfil de cada executivo, e não somente com a área funcional que lidera.
Projetos mais ousados e inovadores demandam um perfil capaz de pensar e executar ações fora do framework tradicional. Ao passo que, projetos de melhoria da eficiência operacional, podem demandar perfis mais disciplinados e metódicos.
Equipe executiva priorizando as coisas certas
É preciso estabelecer um modelo consistente de avaliação e aprendizado em torno da estratégia, que enfoque as prioridades organizacionais de longo prazo. Ao mesmo tempo, é necessário incentivar os membros da equipe executiva a delegar tarefas mais operacionais. Só assim terão tempo para decidir e agir de forma analítica em relação à estratégia, assegurando os resultados no longo prazo.
Uma boa estratégia já é um ótimo começo para vencer o grande desafio competitivo que os mercados impõem. No entanto, a chave para a longevidade da organização está na execução consistente e sem falhas, alcançada somente por meio de uma equipe executiva totalmente comprometida com o seu sucesso.
Roberto Campos de Lima é Sócio-Consultor da 3GEN Gestão Estratégica.
Portal HSM - 16/02/2011
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